Heidelberg
PLANEJAMENTO PRÉVIO:
A visita ao Museu da Universidade, castelo (2 horas), igrejas, praças e parada para almoço/lanche levam umas 8 horas, tudo feito à pé, pois estas atrações são muito próximas uma das outras. Situada às margens do rio Neckar, Heidelberg é uma das mais fascinantes cidades da Alemanha. Heidelberg fica a cerca de 94km ao sul de Frankfurt e a 120km a noroeste da capital do estado, Stuttgart.
CASTELO DE HEIDELBERG:
O Castelo de Heidelberg foi construído ao longo de um período de 400 anos e é um vasto complexo residencial, com prédios de vários estilos de construções, principalmente o gótico e o renascentista. Tornou-se no século 16 uma das mais belas residências renascentista da época. O local foi sede do Palatinado da Casa dos Wittelsbach.Com a Guerra dos Trinta Anos e o conflito com a França, em 1689, acabou com todo o seu esplendor e grande parte de sua estrutura foi destruída. Hoje, grande parte dele está em ruínas, mas os prédios ainda em pé são fascinantes.No complexo do castelo vale observar o Ruprechtsbau, em estilo gótico. É o edifício mais antigo do castelo. erguido em 1400 por Ruprecht III.O Ottheinrichsbau, construído entre 1556 e 1559 pelo Eleitor Otto Heinrich é o edifício mais importante do conjunto. Possui 3 andares e na sua fachada há figuras dos personagens do Antigo Testamento, além de figuras de deuses e deusas e os nomes dos grandes planetas. Este magnífico prédio abriga o Deutsches Apothekenmuseum, uma farmácia do século 18 que merece um post especial.
Perkeo de Heidelberg: Perkeo era um notável bobo da corte e figura super popular de Heidelberg, tornando-se mascote oficial da cidade. Ele nasceu com nanismo no condado de Salurn, no Tirol. Em 1720, além de ser o artista da corte, era um apreciador exagerado e entendido em vinhos. Diziam que ele tomava mais de 8 litros por dia. Sendo assim, ele ficou responsável pelo estoque de vinho do castelo. Perkeo foi responsável pela fabricação do maior barril de vinho do mundo, com capacidade para 195 mil litros de vinho, que pode ser visitado no castelo.
Bruxa: Diz-se que uma velha bruxa tinha ouvido falar pelas montanhas sobre o esplendor do castelo. Ela decidiu então caminhar até Heidelberg com o intuito de morar no magnífico castelo. Uma vez lá, ela ficou desapontada ao descobrir que o portão estava trancado e que ninguém veio recepcioná-la para lhe entregar o castelo. Ela então ficou tão raivosa que tentou com toda sua força entrar, mordendo o anel de ferro no portão. O espesso anel de ferro ficou então rachado pelos velhos dentes da bruxa, e podemos ainda ver esta rachadura nos dias atuais. A bruxa desdentada deixou então Heidelberg, para nunca mais ali voltar. Desde então se diz que quem conseguir morder através do anel espesso de ferro, receberá o castelo de presente.
1) Alte Brücke: é a ponte velha da cidade que está sobre o rio Neckar e se conecta a cidade com a margem oposta do rio. Possui 9 arcos e foi construída em 1788 pelo Eleitor Karl Theodor.
2) Brückentor: antigo portão da cidade de Heidelberg. Fica junto a Alte Brücke. As torres deste portão foram construídas como parte da fortificação da cidade e guardavam a entrada norte da cidade. Estas torres foram construídas na mesma época da nova ponte de pedra, em 1786. O portão é do século 13.
3) Brückenaffee: o macaco da ponte é uma escultura de bronze que fica ao lado das torres do antigo portão da cidade. É uma réplica de outra escultura de macaco que ficava ali e que foi destruída durante a Guerra dos Nove Anos (1689-93). Conta a história que realmente existiu o tal macaco e que, de tão esperto, ficava ao lado da ponte, segurando um espelho e dando as boas vindas aos viajantes. A fila de turistas que se forma ali é imensa. E tem uma razão para isso: se você tocar no espelho que há na escultura, lhe trará riqueza; se você tocar nos dedos do macaco, lhe dará o direito de voltar a Heidelberg; e se tocar nas esculturas dos ratinhos que estão junto ao do macaco, lhe trará fertilidade.
4) Rathaus e Marktplatz: A prefeitura original foi destruída a Guerra dos Nove Anos (1693) e reconstruída em 1701 a 1703. A antiga prefeitura fica na Marktplatz e no centro desta praça foi construída em 1703 uma fonte com a estátua de Hércules. Nesta praça funciona um maravilhoso mercado 2 vezes por semana, com vários espaços para cafés. No passado bruxas e hereges eram queimados ou executados nesta praça.
5) Heiliggeistkirche: a igreja do Espírito Santo fica na Marktplatz e foi mencionada pela primeira vez em 1239.
6) Heuscheuer: os antigos estábulos da cidade. Serviu também como um prédio de defesa da cidade. Após a destruíção da cidade em 1693, foi reconstruído em estilo barroco e serviu como armazenamento de feno até 1824. Desde 1963 o local é usado pela Universidade em salas de aula.
7) Jesuitenkirche: esta igreja jesuíta, magnífica obra de arte, foi construída entre 1712 e 1751 para os jesuítas que chegaram a Heidelberg em 1698.
9) A praça da Universidade e a fonte do Leão do Palatinado: (Universitätsplatz und Löwenbrunnen). A praça fica em frente a Universidade junto com a fonte do Leão do Palatinado. Esta fonte, foi uma parte importante do abastecimento de água para a cidade de Heidelberg durante os séculos e representado por um leão, símbolo do poder do Palatinado. A praça é linda, com seus cafés, lojas e muitas mesinhas e cadeiras para o visitante sentar e apreciar o centro da cidade com seus inúmeros prédios antigos.
10) A biblioteca da Universidade: o imenso edifício onde está localizado a Biblioteca Universitária, foi construído em 1901 a 1905 e abriga mais de 2 milhões de volumes. Considerada uma das maiores da Alemanha.
11) Haus zum Ritter: construído em 1592 para uma família de um rico comerciante de tecidos, Charles Bélier, este incrível prédio é uma das poucas estruturas originais ainda intacta na cidade. Entre 1693 a 1703 serviu como prefeitura da cidade de Heidelberg. Sua fachada é do típico estilo arquitetônico germânico. Hoje abriga um hotel e restaurante.
12) Marstall: é um dos mais antigos edifícios sobreviventes de Heidelberg, construído em 1510 por Ludwig V como um prédio de defesa da cidade, possui 135m de comprimento. Ali era guardada toda a munição. Hoje, abriga vários cafés maravilhosos e parada obrigatória para um delicioso almoço.
13) Madonna am Kornmarkt: a Madonna é a atração mais famosa do antigo mercado de grãos de Heidelberg, tendo como pano de fundo o castelo. Nos séculos 16 e 17 o Palatinado era totalmente de religião protestante. Mas, em 1685, ela recebeu Eleitor católico. O novo Eleitor tentou converter seus súditos protestantes para a fé católica. Nesta mesma época, o Eleitor mandou colocar a estátua da Madonna, em estilo barroco, nesta praça.
14) Karlplatz: esta linda praça fica aos pés do Castelo de Heidelberg. Ali fica um restaurante muito gostoso: Gasthaus zum Eisernen Kreuz e casas de chá e café convidativas. A fonte no meio da praça é uma homenagem a Sebastian Münster, humanista e cosmógrafo alemão do século 16. A Academia das Ciências de Heidelberg se encontra nesta praça.
NOSSO RELATO:
Chegamos ao Hotel, que ficava próximo da estação de trem, mas era um pouco distante do centro e do castelo. Na recepção nos instruíram a tomar o ônibus (33). No meio do caminho tinha que fazer uma baldeação e até agora não entendemos o porquê. Ficamos um pouco perdidos e um rapaz no ônibus nos ajudou.
Chegamos à praça Kornmarkt, antigo mercado de grãos, e começamos a fotografar os prédios que eram muito bonitos e decorados. Havia uma fonte com água potável. De repente, ao olhar para cima avistamos o castelo. Maravilhoso! Lá perto havia uma estação onde se pega o bondinho para subir ao castelo. Custou 6 EU por pessoa (bondinho + ingresso no castelo). Ficamos umas duas horas visitando o castelo, que está em ruínas e passeando pelos jardins. Nas paredes do castelo há muitas esculturas, com cavaleiros, leões e muitos detalhes interessantes. Achamos divertido que em uma parede havia várias cabeças de leões, cada um com expressão diferente.
A vista é deslumbrante com a cidade e o Rio Neckar abaixo. No castelo tem também o Museu da farmácia, com móveis, instrumentos e apetrechos da época e vários ambientes montados, com detalhes interessantes.
Conferimos que no portão de entrada do castelo há um grande anel de ferro com as marcas dos dentes de uma bruxa. Consta que (copiar a lenda). Seguindo o costume, a Beth tentou ganhar o castelo, mas não conseguiu…
Indo em direção aos jardins, vimos uma das torres que tem uma enorme parede caída, muito impressionante.
Nos jardins havia espelhos d’água com chafariz, esculturas, escadarias e uma gruta com imagens e animais de caça, e mais vistas bonitas da cidade.
Já íamos saindo quando sentimos falta de conhecer o maior barril do mundo. Consta que havia um anão, chamado Perkeo, que bebia mais de 8 litros de vinho por dia e era o responsável pelo estoque de vinho do castelo. Ele foi o responsável pela fabricação do barril com capacidade para até 195.000 litros de vinho.
Descemos de bondinho e paramos novamente na Kornmarkt para tomar uma coca e uma cerveja. Passamos Marktplatz onde havia também barzinhos com mesinhas pela praça e uma feirinha com quiosques de artesanato e comidas que curiosamente, ficavam no próprio prédio da igreja do Espírito Santo. Passamos por várias ruazinhas até a ponte Alte Brüke, onde está o portão antigo da cidade e as esculturas do macaco e do ratinho. (lenda).
Passeamos pela beira do rio e chegamos aos antigos estábulos da cidade (Heuscheur) e onde agora funciona a Universidade. Visitamos a Jesuitenkirche, passamos pelo imponente prédio da Biblioteca, pela praça da Universidade. Tudo muito bacana, com um astral muito bom, cheio de cafés e mesinhas nas calçadas. Passamos por vários prédios bonitos, entre eles o Haus zum Ritter, de 1703, que hoje é um hotel.
Passamos de novo pela Marktplatz e visitamos ainda a Karlsplatz, onde há uma fonte com escultura moderna. Jantamos num restaurante na Marktplatz, claro, com mesinhas na rua, no melhor estilo Heidelberg. Voltamos ao hotel de ônibus.
Fotos Ricardo:
Fotos Beth:
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