Xanten

PLANEJAMENTO PRÉVIO:

Conhecida por “cidade dos romanos” ou “cidade de Siegfried”, sua história remonta aos tempos de César. Foi às margens do rio Reno que as forças de Roma estabeleceram sua fronteira com o mundo bárbaro.
Desde os romanos:  Xanten foi elevada à condição de Colonia Ulpia Traiana no ano de 110 d.C.. Era o segundo maior ponto de comércio da província Germania inferior, ficando apenas atrás de Colonia Claudia Ara Agripinensium (atual cidade de Colônia). Com o passar dos anos, a cidade sofreu invasões e saques.
O nome Xanten teve sua origem na metade do século 8º, quando uma igreja e um convento foram denominados ad Sanctos. Em 976, o nome mudou para Xanctum e em 1144, para Xantum. Até chegar à denominação atual, foi questão de tempo.
Como a maioria das cidades alemãs, Xanten também sentiu os efeitos da Segunda Guerra Mundial. No dia 10 de fevereiro de 1945, um bombardeio destruiu parte da cidade, incluindo a catedral de São Vitor. No total, 85% dos edifícios de Xanten viraram ruínas.
Para conhecer melhor Xanten e seus prédios históricos, uma rota de quase três quilômetros permite ao turista passear (a pé) por sua história. A cada dez passos, um tijolo de terracota se destaca dos demais e orienta o visitante para que permaneça no caminho certo. No trajeto, a catedral de São Vitor merece uma parada. No século 13, a construção foi considerada a maior catedral entre Colônia e o mar. Seguindo a rota, o moinho de Kriemhilde (Kriemhildemühle) foi construído no muro que protegia a cidade. O interessante é que, até hoje, grãos de trigo viram farinha no local. Uma confeitaria com bancos rústicos convida o turista a uma parada. Outro ponto importante é a Casa Gótica, exemplo do gótico tardio da região.
Já do passado romano de Xanten é possível se ter uma idéia ao visitar o Parque Arqueológico de Xanten e o anfiteatro em Birten. Fora dos limites do parque, protegidas por uma construção de vidro, ficam as famosas ruínas das grandes termas.
A construção do museu custou cerca de 22,5 milhões de euros e tem 24 metros de altura. Para que os visitantes imerjam o mais próximo possível na realidade daquele tempo, o museu expõe os mais inusitados objetos, como parafernálias de uma oficina que produzia lâmpadas de argila, restos de barcas de rio e até mesmo criptas de cidadãos nobres. Caixas com restos de telhas quebradas ou cheias de temperos típicos da gastronomia da época foram colocadas em meio ao acervo escavado. Os visitantes podem andar por cima de uma passarela de vidro, através da qual enxerga-se um caminho onde pegadas originais de crianças descalças, botas de soldados ou rastros de bigas romanas foram preservados na lama por cerca de vinte séculos. A legião de César Augusto trouxe para essa região uma variedade de capacetes, que também estão expostos. Alto-falantes espalhados pelos corredores emitem vozes em latim e outras línguas antigas, reproduzindo o que se ouviria num dia qualquer na feira, por exemplo. “Nosso museu não está aí para mostrar o que os arqueólogos encontraram”, diz Hans-Joachim Schalles, diretor do museu. “Está aí para mostrar às pessoas comuns como uma colônia romana de fato era”, explica. Estão em exposição cerca de 2.500 itens que pretendem ilustrar ao visitante como o local se transformou de antiga vila germânica em cidade rica do Império Romano, toda decorada no estilo de Pompéia, até ser conquistada por tribos francas anos depois. Em torno no ano 100 da Era Cristã, o imperador romano Trajano foi responsável pela expansão da colônia em uma cidade com cerca de 10 mil habitantes, transformando-a em um dos maiores centros do norte do Império. Objetos escavados da colônia, tal qual um grampo de cabelo de prata de origens germânicas, sugerem que era um lugar etnicamente misto, com celtas e germânicos vivendo entre os romanos e cultuando seus próprios deuses. A maioria das ruínas ainda está debaixo da grama verde do APX e arqueólogos devem continuar seus trabalhos de mapeamento e escavações ainda por alguns anos.
Horário de funcionamento: de março a outubro: diariamente, 9 às 18 horas.

NOSSO RELATO:

 

Fotos Ricardo:


Fotos Beth:

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